No final de um dia muito cansativo, Pedro chega em casa, e depois
do jantar senta no sofá para ver o noticiário. Sua filhinha de 5 anos,
Patrícia, pergunta o quanto ele ganha por hora.
Indignado com a pergunta e de modo grosseiro ele responde: "Que
isso tem a ver com você menina, se nem sua mãe sabe quanto eu
ganho?".
Triste, ela sai de perto de seu pai, que arrependido lhe chama de
volta e responde: "Papai está cansado hoje, me desculpe querida,
eu devo receber uns dez reais por hora".
Em seguida, a menina pede: "Papai, o senhor me empresta um
real?".
Pedro fica muito bravo com o pedido: "Trabalhei o dia todo, estou
cansado, e agora você vem me pedir um real? Por isso queria saber
o quanto eu ganho por hora. Vá para sua cama agora, você está de
castigo".
Chorando, Patrícia vai para seu quarto. Pedro fica com a
consciência pesada, e antes de dormir passa no quarto de Patrícia
para ver se ela está dormindo. Como ela ainda estava acordada,
Pedro pede desculpas e tirando cinco reais do bolso, dá para a
menina.
Patrícia contente, pega uma caixa que contém nove reais e diz para
o papai:
"Aqui estão nove reais e mais cinco, o senhor pode me vender
uma hora do seu tempo? Eu pago mais."
Pais, a que ponto chegamos, não é verdade?
"A simplicidade há de estar na intenção, e a pureza no afeto."
(S. Agostinho)
"Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens, certos de que recebereis, como recompensa, a herança das mãos do Senhor.
Servi a Cristo, Senhor".
Livro Parábolas que transformam vidas. (Pe. Marcelo Rossi)